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  • VOD x Bigdata

    Com os adventos tecnológicos cada vez mais rápidos e dinâmicos, diversos setores do mercado são atingidos, incluindo segmentos derivados da comunicação. Nesse contexto os formatos audiovisuais, diretamente ligados a publicidade, ou seja, tudo aquilo em que podemos dar o “play”. A seguir, as ferramentas a serem destacadas, em que o consumidor escolhe seu próprio conteúdo através de um amplo horizonte de opções, sendo elas o SVOD, TVOD e AVOD: ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ SVOD: Os sistemas de Subscription Video On Demand são a maneira de oferecer conteúdo ao usuário a partir de uma assinatura, seja ela oferecendo um conteúdo periódico ou não. Desta maneira os usuários podem usufruir do conteúdo sem que a haja uma janela publicitária diretamente envolvida. Alguns exemplos de instrumentos de monetização dessa veiculação seriam O Netflix, Amazon Prime e Hulu. Estes permitem não só acesso a conteúdo premium, mas também a conteúdos exclusivos e uma maior liberdade de interação sobre o plano adquirido, como o download de conteúdo. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ TVOD: O Transactional Video On Demand geralmente é uma taxa única que o usuário paga para ter acesso a um determinado período de tempo ao conteúdo, ou a um determinado número de acesso a ele. Como um exemplo de consumo deste tipo, temos o acesso a streamings com prazo de duração e o download de música de plataformas como o iTunes e o Amazon Instant Video. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ AVOD: Comumente utilizado para a publicidade direta, o Ad-based Video On Demand permite acesso livre e sem custo ao conteúdo. Porém, inserções publicitárias são veiculadas dentro desse acesso sejam diretas ou indiretas que redirecionam o consumidor para acesso a promoção de um produto ou serviço, ou até mesmo para outros conteúdos pagos. A monetização ocorre por parte do anunciante nesse caso através de diferentes estratégias, seja por clique, visualizações ou e-commerce. O Youtube, IGTV e Dailymotion são exemplos populares de veículos que se utilizam do AVOD.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Legenda: Players globais utilizando-se de estratégias diferentes, ou até convergindo-as. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ De acordo com rumores de especialistas da área, é fato de que essas operações citadas acima, já estão se transformando e conversando entre si de alguma maneira. Por exemplo, para uma plataforma como o Netflix, utiliza-se do SVOD em um primeiro momento na sua assinatura e, em seguida, o consumidor pode optar por um conteúdo em específico que possa conter algum tipo de AVOD inserido em sua reprodução. Esse tipo de situação faz com que os produtores de conteúdo repensarem as estratégias de visibilidade já adotadas em um primeiro momento, seja ela diretamente na veiculação ou até mesmo indiretamente, utilizando-se de opções como a do branded content. A timeline está correndo e não basta apenas definir estratégias para o presente. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ É a partir deste panorama comentado que os produtores de conteúdo buscam cada dia mais se integrar de alguma maneira a esses formatos, para que além de veicular seu conteúdo também lucrar de alguma maneira com o seu consumo. Mas antes de converter essa monetização é necessário pensar em toda a cadeia em que ele será veiculado, para que seja eficiente ao máximo em retornos tanto financeiro quanto ao de visibilidade, tudo isso é claro, de forma discreta para que não se torne desinteressante para o consumidor que possa se sentir “incomodado” ou “ludibriado”. É nesse momento que as estratégias de marketing digital são aplicadas, como estratégias de lançamento, distribuição, parcerias com influenciadores e anúncios. Vale lembrar que tudo está interligado: desde o formato em que seu conteúdo foi produzido, sua qualidade, estudo de público-alvo e o enquadramento ao canais de veiculação, para que ai então agir quanto a qual tipo de veiculação será realizado (AVOD,SVOD,TVOD). ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Tido como um desafio, resolver essas questões de eficácia de sua produção e sua visibilidade, o próprio produtor de conteúdo e também seus veículos de exibição estão utilizando do Big Data para tomar decisões assertivas dentro do seu planejamento. A coleta de dados é realizada por ambas as partes de diversas maneiras ´para que sejam filtradas e qualificadas'. Ao exemplo disso, temos o Netflix e o Spotify (SVOD), quanto a sugestões que faz ao seu consumidor sobre suas preferências de consumo, oferta de conteúdo pay per view através de ofertas direcionadas (TVOD) pelo iTunes, além do Youtube e IGTV (AVOD) com anúncios de product placement durante a execução de seus conteúdos. A análise dos dados são feitas de maneira contínua pois pode variar de acordo com a demanda de consumo dos conteúdos cabendo ao produtor e o distribuidor ajustar o conteúdo ao que está sendo consumido. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Você que possui um projeto ou até mesmo um conteúdo finalizado, poderá contar com a Fauno Filmes como seu parceiro para melhor adequar sua produção, dentre a estratégia já definida pela sua equipe, para que os resultados sejam maximizados.

  • Cannes versus Netflix: Para onde caminha o cinema atual?

    Em certa ocasião, ao falar sobre as mudanças dentro do jornalismo depois do advento da internet, o escritor Millôr Fernandes disse: “O homem é um animal que adora tanto as novidades que se o rádio fosse inventado depois da televisão haveria uma correria a esse maravilhoso aparelho completamente sem imagem”. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Mesmo em tom de brincadeira, esta frase não deixa de demonstrar o quão difícil é compreender o “novo”. Não existe algo superado, simplesmente relegado ao esquecimento. Não ocorre uma substituição do recente pelo antigo – as coisas simplesmente coexistem em paralelo, ou então, transformam umas às outras. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ E quando se fala em tecnologia e hábitos de consumo, tudo fica ainda mais complicado. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ No último 25 de maio se encerrou na França o aclamado prêmio de Cannes. Cineastas, atores e produtores desfilaram pelo tapete vermelho, diversas estreias foram aplaudidas de pé e incontáveis veículos de comunicação se acotovelaram em busca do melhor ângulo para as fotos. Contudo, nos bastidores, situações menos glamorosas aconteciam e, em muito, dizem respeito ao novo. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Dois dos filmes premiados este ano em Cannes serão exibidos mundialmente pelo serviço de streaming Netflix. Pela internet, espectadores de todos os cantos vão conferir o drama Atlantique, vencedor do grande prêmio do festival, e a animação I Lost My Body, que levou o prêmio da semana da crítica. Atlantics é um filme de drama senegalês dirigido por Mati Diop. A cineasta fez história ao ser a primeira mulher negra a dirigir um filme apresentado em Competição no festival. Já I Lost My Body, do diretor Jeremy Clapin, utiliza do realismo fantástico para contar um romance envolto em uma França que ainda não resolveu seus problemas relacionados a pobreza de suas periferias. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Nada de estranho até aqui caso não fosse o clima de guerra existente entre as duas partes. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O festival de Cannes “impede” que filmes da Netflix concorram na mostra do evento, isto em decorrência de uma série de medidas que só foram estipuladas a partir dos avanços que o streaming alcançou nos últimos anos. Todos os longas-metragens participantes devem ser exibidos nos cinemas franceses e, somado a esta regra, qualquer produção só pode estar disponível nas plataformas digitais após 36 semanas depois das telonas – algo inviável comercialmente para as produções originais do canal de streaming. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Assim, a Netflix se recusa a lançar seus títulos no país. E esta situação só piorou depois que em anos anteriores seus filmes cumpriram com os requisitos e mesmo assim foram boicotados (ou até mesmo vaiados) nas salas de exibição. Por este motivo, a única aparição da marca neste ano em Cannes não se deu com diretores, atrizes e roteiristas, mas sim com uma equipe de aquisição que procurava – e concretizaram – a compra dos filmes mais badalados lá exibidos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Este episódio demonstra o quanto a indústria cinematográfica procura seu lugar dentro deste mundo tão interligado e instantâneo. Alguns cineastas como Nolan e Spielberg ainda têm ressalvas quanto a mudança da sala de cinema ser, por excelência, o local ideal para se ter a totalidade da experiência que um filme oferece. Outros, como Scorsese e Cuarón (inclusive, o último diretor ganhador do Oscar por um filme original da Netflix), acreditam que o alcance prevalece sobre a qualidade de exibição. Filme Roma de Alfonso Cuarón ganhou o Oscar de melhor diretor. Para isso, a produção original Netflix teve que cumprir uma série de requisitos, como por exemplo, a de colocar o filme em um número mínimo de salas de exibição. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Contudo, esta discussão diz muito pouco sobre “experiência” e “qualidade” em si, e muito mais sobre quem está ganhando. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A regra para um filme ingressar em Cannes não fica restrita somente a premiação francesa. Outros festivais também a seguem de maneira semelhante enquanto importante mecanismo para assegurar mercado, afinal de contas, a estrutura clássica envolvendo estúdio, distribuidoras e exibidoras existe a mais de um século e não ficaria esperando de braços cruzados as mudanças que se aventam no horizonte. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Muito pelo contrário. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A batalha entre o cinema “fora de casa” versus o cinema “em casa” não é nova. Na década de 50 o inimigo da vez era a televisão. Em um primeiro momento, surgiu a dúvida sobre como competir com entretenimento exibido diretamente nas casa das pessoas, sem custo? A resposta veio nos anos seguintes de diferentes maneiras. Primeiro, através de filmes cada vez mais épicos que forçaram as pessoas até o cinema, depois, a criação de divisões voltadas exclusivamente para produção de TV e, como forma definitiva, a compra dos principais canais pelos grandes estúdios (Disney, Fox, Paramount, etc). ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Já nas décadas de 70 e 80, a concorrência passa a ser o chamado home entertainment, ou seja, videocassete e a TV por cabo. Mais uma vez, o mercado cinematográfico titubeou no começo, mas logo encontrou alternativas, seja ao criar janelas de exibição específicas para o lançamento em fita (meses após o filme sair de cartaz), ou então, ao criar seus próprios canais por assinatura que poderiam ter suas produções dentro da programação de maneira contínua. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ As primeiras movimentações quanto ao streaming apontam respostas semelhantes. Seria então o Netflix comprado ou então engolido pelos grandes estúdios? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ E aqui vale a ressalva que com seus mais de cem milhões de usuários em todo o mundo, o gigante Netflix não é o santo da história. Diversas práticas do aplicativo são duramente criticadas por profissionais da área, como por exemplo a falta de transparência na divulgação de seus números ou então na falta de inventividade das suas produções já que o serviço sempre recorre aos algoritmos para definir no que investir. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Contudo, estas discussões ficam para outra postagem aqui do blog. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Por hora, fica o panorama desta queda de braço entre distintas visões sobre para onde o mercado cinematográfico caminha. De um lado, aqueles que não querem deixar a sala de cinema morrer – ou pelo menos perder força – e do outro, os que pensam que “mais é melhor” independente do dispositivo. No meio de tudo isso, fica o espectador. Muitos inclusive já acostumados a assistirem filmes tanto em uma poltrona dentro de uma sala escura ou então no banco do ônibus na volta do trabalho. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Enquanto o mercado não se ajeita para que todos saiam ganhando, impositivos são colocados no intuito de minar as forças da concorrência. Quem perde com isso? A resposta parece óbvia... ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Ah, e caso queiram ver os filmes premiados em Cannes pelo Netflix, só daqui 36 semanas.

  • RIO2C - Rio Creative Conference 2019

    Em abril, a Fauno Filmes esteve no Rio de Janeiro para participar do RIO2C, o maior evento de audiovisual e indústria criativa da América latina. Aos moldes do SXSW, o evento que antes era restrito ao mercado audiovisual, hoje abraça a indústria criativa como um todo, promovendo assim a interação e cooperação entre os vários setores do meio criativo. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Interação é a palavra que melhor define este evento. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ São pessoas e empresas do Brasil e do mundo, reunidos por 5 dias para conversar e debater assuntos variados. E a parte mais valiosa do evento são os períodos entre painéis, quando se senta para tomar um café com outros profissionais da área, ou na fila para um debate concorrido. Conhecer pessoas e trocar experiencias são palavras de ordem. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O evento conta com diversos painéis sobre os mais variados assuntos, desde estudos de casos mercadológicos como o painel do Kondzilla, maior canal de música do YouTube mundial, e de como o Porta dos Fundos trabalha junto com as marcas para criar campanhas únicas para seus clientes, até painéis com cientistas debatendo sobre neuromarketing e a consciência humana. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ São muitas palestras, painéis, pitchings, debates e cases, tudo ao mesmo tempo, o tempo todo. Por isso uma parte do dia de todos os participantes, é dedicada a ler a programação e programar o seu dia com base nos painéis que você quer assistir. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ É muito comum coincidir os horários de dois ou mais painéis que você quer assistir, aí vai da sua prioridade ou do tamanho da sala aonde vai acontecer. Algumas salas comportam somente 60 pessoas, então não é garantido que você conseguirá entrar, por isso é interessante ter sempre uma segunda opção. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ As minhas favoritas eram o estande de VR e a sala de pitching audiovisual. O estande de VR contava com diversos computadores e óculos de realidade virtual, onde você pode assistir a documentários em 360º. do mundo inteiro ou jogar alguns jogos e simulações. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Na sala de pitching audiovisual foi onde eu mais aprendi. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ São sessões em que os produtores dos filmes apresentam seus projetos de e series, documentários, filmes e animações, à profissionais da área e representantes dos mais variados canais de TV do Brasil e do mundo. Estes, após os 7 minutos de apresentação, fazem questionamentos e ressalvas sobre o projeto, o que é extremamente valioso, pois você consegue identificar o que os diversos players procuram em cada formato. Foram 5 dias intensos e muito produtivos. Conhecemos pessoas, reencontramos amigos e aprendemos muito e em 2020 estaremos lá novamente, e se tudo correr conforme o plano, desta vez apresentando nossos projetos para os players. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Até lá!

  • Documentário

    O documentário é considerado um gênero de filme assim como o thriller, comédia romântica, musical e o filme noir. Este tipo de divisão se satisfaz em alguns casos, conseguindo comunicar de maneira direto ao público o que ele poderá encontrar caso decida assistir determinado conteúdo. Contudo, a heterogeneidade do documentário parece não caber dentro de uma simples definição de gênero audiovisual.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Mas então, do que se trata este tipo de cinema? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Antes de falar necessariamente sobre o que ele é, se faz necessário dizer o que ele não é. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O documentário carrega junto ao seu nome o peso do senso comum de que é a realidade na tela. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Desta falsa impressão, as imagens teriam a função de retratar o verdadeiro, o mundo real lá de fora, ou seja, são indiciais e inquestionáveis. Porém, nada daquilo que passa através das lentes de uma câmera, pelo processo de enquadramento, seleção e edição, pode ser chamado de real. Existe sim a interferência que acompanha todo o processo, indo desde o enfoque a ser dado pelo documentarista, até as escolhas referentes ao corte final. Ou seja, o documentário é um conteúdo que envolve escolhas e, por este motivo, não deve ser visto como neutro. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O termo de não-ficção também não é satisfatório, porque ficção e documentário não são antagônicos. Não há ponto determinante em que um termina para o outro começar, afinal de contas, no seu cerne, ambos podem carregar características compartilhadas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Todo filme é um documentário. Mesmo a mais extravagante das ficções evidencia a cultura que a produziu e reproduz a aparência das pessoas que fazem parte dela. Este tipo de cinema expressa de maneira tangível aquilo que faz parte de nossa sociedade, tornando concretos - visíveis e audíveis - os frutos da imaginação. São obras cujas verdades e pontos de vista podemos adotar como nossos ou rejeitar, uma vez que oferecem mundos a serem explorados e contemplados - ou podemos simplesmente nos deliciar com o prazer de nos transportarmos para outra realidade, mas que, no fim das contas, é calcado em nosso presente. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O mesmo pode ser dito sobre um documentário. Contudo, vale ressaltar alguns pontos que fazem toda a diferença. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O realizador do documentário busca em seu filme montar uma narrativa que estabeleça enunciados sobre o mundo histórico, ou seja, parte do pressuposto daquilo que já estava lá. Esses filmes representam os aspectos de um cenário que já ocupamos e compartilhamos, tornando visíveis e audíveis os conteúdos de maneira distinta, uma vez que passam pelo crivo e ótica pessoal do cineasta. Todo filme - e peça artística em si - possui suas próprias verdades, sendo que isso é ainda mais evidenciado no caso dos documentários pelo fato dele se calcar na preservação de elementos cotidianos para acontecer. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Aproveita-se o ambiente natural do entrevistado ou da situação da captação. Os figurinos dos personagens não são definidos (sempre levando em conta a maioria das produções) ou planejados de acordo com o filme. As falas são provocadas, não-naturais – já que ninguém é completamente o si real em frente a uma câmera -, porém não são decoradas ou ensaiadas, a menos que esta seja a intenção da produção. As intervenções de luz e maquiagem são poucas ou nenhuma. Não há ensaio de posições ou atos. O que estava lá será transformado no filme, uma certa representação imagética daquilo encontrado na frente da câmera. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Por estes e tantos outros motivos, o documentário é o berço do cinema de guerrilha, ou seja, quando o filme é gravado com uma equipe enxuta e com baixo impacto no meio onde estão. Isto faz com que os custos, em sua maioria, despencam em relação a outros tipos de gêneros, além de dar um tom todo pessoal e intimista para a obra. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Este também é um tipo de cinema muito atrativo para iniciantes, pois como diria Glauber Rocha, basta “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”. Contudo, a eventual “acessibilidade” da produção pode esconder a complexidade relacionada ao seu planejamento. Na etapa de pré-produção são definidos os rumos que o filme vai tomar. Com um preparo bem feito é possível visualizar partes de como ficará o produto final antes mesmo de começar a gravar. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ É a fase de responder perguntas. E quando se trata de documentários, elas são muitas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Para começar, vale destacar que o gênero documental não se fecha em si, que possua apenas uma única forma de ser realizado. Pelo contrário, assim como o filme ficcional, ele se abre para inúmeros outros subgêneros, cada qual com suas próprias características e finalidades. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Por exemplo, ele pode ser um doc participativo. Isto ocorre quando o diretor é peça chave para o filme, guiando a narrativa e interagindo com os personagens de maneira ativa. Geralmente, o documentarista faz parte e já compreende parte daquilo que está buscando retratar nas lentes, fazendo dele igualmente um personagem da narrativa. Outro formato bem popular diz respeito ao doc dispositivo. Nesta escolha, o documentarista propõe um “desafio” aos sujeitos do filme com a intenção de interferir e estudar suas reações, criando assim um debate sobre o tema proposto a partir desta nova mediação. RUA DE MÃO DUPLA (2002) – CAO GUIMARÃES Legenda: Longa-metragem “Em Rua de Mão Dupla”, de Cao Guimarães O documentário dispositivo propôs aos seus participantes a única tarefa de trocar de casa por 24 horas. As famílias tinham que filmar com uma simples câmera digital o seu “novo” dia-a-dia, contando suas impressões e angústias habitando estes locais desconhecidos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Outra questão importante que todo diretor deve fazer ao realizar um documentário é a respeito do tempo. A etapa de produção deste tipo de filme é muito variada, pois dependendo do assunto abordado, a duração das gravações obedece a naturalidade com que os eventos a serem registrados acontecem. Exemplificando, desde um dia como foi o caso de “Life in a Day” (2011), que conta como é um dia na terra a partir de diferentes pontos de vista, ou um mês no caso de “Super Size Me” (2004), quando o documentarista fez o experimento de comer somente fast-food durante o período de 30 dias, ou quem sabe 13 anos em “Voyage of Time” (2016) que conta a história do universo e a vida. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Como já vimos, ao contrário de produções de ficção que requererem atores, equipamento de iluminação e equipe técnica variada, o documentário não se pode dar ao luxo de perder uma cena - que acontece espontaneamente durante as gravações - por estar montando uma luz ou ajustando um elemento de cena. Tudo acontece muito rápido e muitas vezes se tem apenas uma chance para capturar uma passagem crucial para o desenrolar da história. Em outros momentos é preciso paciência para que aquilo buscado aconteça como planejado. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Na etapa de pós-produção as coisas não ficam mais fáceis. E aqui entra outra questão: Como montar tudo aquilo coletado em imagens e sons e, assim, finalizar em um filme? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Em linhas gerais, chegou a hora de assistir o material bruto, selecionar os melhores takes e editar ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Em média um longa-metragem de ficção tem uma proporção de 10:1, o que significa que para cada 10 minutos filmados, 1 vai para o filme final. Essa proporção para documentários sobe para a média de 40:1, sendo o céu o limite, dependendo do tempo de produção. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Claro, estes números são na média. Existem longas ficcionais como “Mad Max: Fury Road” (2015), que devido à natureza de como foi gravado, com muitas das cenas de ação sendo captadas sem o auxílio de computação gráfica, foram necessários gravar com múltiplas câmeras rodando ao mesmo tempo, o que jogou a proporção para 240:1. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Uma vez revisados todo o material bruto, entra a questão de como montar este filme, para que ele transmita a visão do diretor sem deturpar a proposta contida no planejamento. Esta é uma questão muito complexa e delicada, pois com a mágica da edição, pode-se alterar os fatos e influenciar a opinião do público. Além disto, a vasta gama de material pode gerar conflitos – muitas vezes positivos - na mente do documentarista. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Para o realizador do documentário, os imprevistos, barreiras e adendos fazem parte do todo. Se o documentário planejado antes da captação for o mesmo do resultado final, então não houve aprendizado durante o processo. O desenvolvimento da linguagem só se concretiza na filmagem. E é a liberdade de linguagens, estilos e formas que tornam o documentário um resultado único dentro do cinema. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O documentarista tenta convencer o receptor de seu ponto de vista e seus argumentos sobre a representação de mundo através da imagem, mas o receptor possui suas próprias convicções a respeito do mundo que pode compartilhar com o filme ou produzir uma relação antagônica com o discurso apresentado. Assim, até na hora da exibição, os conceitos de verdade, real e objetividade encontram barreiras – agora fora da realização, no outro, no espectador com poder de conceitualizar a própria verdade. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ E não por acaso é um gênero de filme que tem uma categoria específica para ela no Oscar, tanto para formato de longa quanto curta-metragem. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Esta é uma das formas como nós da FAUNO FILMES gostamos de trabalhar, ou seja, captando as coisas como elas são de forma natural e espontânea. Muitas vezes, implementamos o estilo documental em nossos projetos para filmes corporativos, mostrando assim sua empresa para um público cada vez mais engajado e acostumado com este gênero narrativo. Por mais que ele não seja a realidade em si, o espectador identifica diversos elementos partilhados que retratam o mundo, que não forma alterados e sim compartilhados com a câmera. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Legenda: Risotolandia – Vídeo institucional onde a equipe acompanhou um dia na rotina de uma das maiores empresas de refeições do sul do Brasil.

  • Branded Content – Superproduções para publicidade

    Quando falamos em cinema, incorremos no risco de logo pensarmos em megaproduções de orçamentos estratosféricos. Esta máxima vale tanto para o espectador comum quanto aos profissionais da área audiovisual, uma vez que já estão acostumados a fazer parte de projetos que envolvem dezenas de pessoas, locações e esforços. Além disto, se comentarmos que se trata de um filme nacional, logo os holofotes se voltam para questões envolvendo financiamento público e distribuição. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Agora, imagine este mesmo filme só que em uma versão publicitária. Como assim? Continua sendo cinema? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Estamos falando do branded content, ou seja, um conteúdo cultural, independente e que procura vincular os valores de uma marca dentro de certa narrativa. Viabilizada de maneira privada, tem como principal objetivo interessar e envolver o público para assim engaja-los perante a marca. Diferente da publicidade costumeiramente vista, aqui o produto/serviço é colocado em segundo plano (algumas vezes até nem chega a aparecer!) em prol da história. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Mas, de que maneira isto pode parecer atrativo para o mercado se as marcas não estão lá “martelando” a mente dos consumidores com jargões, frases de impacto, slogans, jingles e afins? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A resposta é muito simples: Os consumidores são pessoas e todas elas associam as marcas aos seus interesses e hábitos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Com o conteúdo sob demanda imperando entre usuários da internet, qualquer pessoa com acesso a um computador ou smartphone age de maneira ativa sobre aquilo que quer assistir. Esta atitude participativa faz com que muitos dos conteúdos audiovisuais sejam ignorados ou simplesmente se tornem uma segunda tela. Só hoje, quantas vezes você puxou o celular durante um comercial de TV ou simplesmente fechou uma publicidade nos seus primeiros 5 segundos? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Agora, pensando pelo lado das empresas, as mais variadas ferramentas tecnológicas proporcionaram maior acessibilidade digital principalmente nos últimos 15 anos, resultando assim em novas demandas e interesses por parte do público. Por este motivo, a captação e qualificação de potenciais consumidores nas redes sociais se tornou um grande desafio, isto sem falar em toda a concorrência na criação de conteúdos já que hoje o acesso a aparelhos que filmam é facilitado ao extremo. Neste mundo transbordando em informações, como fazer da publicidade algo presente na corrida por um lugar na lembrança, na timeline e - ainda mais importante - no coração da audiência? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Por isso surgiu o conceito do branded content. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Pelo ponto de vista técnico, esse formato permite utilizar-se de renomado elenco, diretores e produtores acostumados a grandes produções cinematográficas, só que com um custo muito menor em relação a sua veiculação por se tratar da internet. Com uma taxa de conversão extremamente eficaz, o investimento pode ser ponderado em relação a demais opções tradicionais de marketing, como por exemplo spot’s de merchandising em programas de TV ou em comerciais de 30 segundos dentro da grade de programação. “Nós percebemos que os consumidores não gostam mais que alguém lhes diga o que fazer”, afirma Andrea Neri, diretor global de marcas Italianas do Campari Group. “Eles preferem uma conversa de mão dupla no ambiente das redes sociais”. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Em relação a experiência do projeto e seu desenvolvimento como um todo, estima-se uma movimentação de mercado atípica possibilitada por iniciativas como a do branded content. Entre elas, se destaca à ativação de plataformas não tradicionais de vídeos (como o IGTV, lives pelo Facebook, YouTube Premium, entre outros), a oxigenação de agências de marketing digital, geração de novas vagas de emprego (algo antes restrito apenas em produções cinematográficas e publicitárias de grande orçamentos), alavancagem da economia criativa e - não podemos esquecer - da ação ativa do consumidor frente ao que assiste. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Através de uma entrevista realizada com a publicitária Mariana Ramos ao site ADNEWS (out/16), temos o seguinte panorama sobre o assunto: ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ “Branded Content é um território, uma forma de comunicação mais do que estabelecida e desenvolvida quando se trata de EUA, Europa, Austrália. Onde o conteúdo e o entretenimento estão mais incorporados à cultura. Não é uma simples tendência, e muito menos algo passageiro. Existe e é aprimorado constantemente e naturalmente, pois os mercados estrangeiros possuem outro mindset, mais intimidade com a tecnologia, a internet e as formas de comunicação não interruptivas e menos condicionadas à compra de mídia e à publicidade, como acontece no Brasil. Aqui o mercado vive no contra fluxo do mundo por ainda investir, prioritariamente, em publicidade tradicional e TV. Lá fora há uma coexistência mais equilibrada. Branded Content, com e sem storytelling, vive uma intensa expansão no mundo, porque a audiência mudou, e isso é irreversível”. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Assim como já acontece em outros países, essa ferramenta pode complementar as estratégias de marketing e comunicação de uma forma nova, fazendo com que o marketing deixe de ser um centro de custo nas empresas e vire uma nova fonte de receita. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Segunda temporada da websérie produzida pela VW do brasil é um grande indício quanto à validade do branded content. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Alguns especialistas interpretam que esse tipo de formato funciona como importante manobra para as marcas tratarem de assuntos polêmicos ao exporem seus valores e posicionamentos através de uma abordagem muito mais complexa. Isto se deve ao fato de que roteiristas e diretores já estão acostumados a realizar tais ações em suas narrativas ficcionais e documentais. Agora, a única mudança é o fato de ter uma marca por de trás de toda a produção e veiculação. Este alcance perante ao público demonstra o poder delegado a esse formato, uma vez que a exposição em alta escala pode tanto reforçar estereótipos negativos ou, pelo contrário, quebrar preconceitos e promover a diversidade. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Lembre-se: O conteúdo é formado pelas pessoas e não pela marca. Nesse caso, justamente por destacar valores emocionalmente ligados às pessoas - isso mesmo, “pessoas” não necessariamente consumidores - é onde recai a força do branded content. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Aqui na Fauno Filmes, nos identificamos com esse formato e estamos dispostos a apostar no seu projeto e produzi-lo para que a experiência se concretize! Desenvolvemos seu audiovisual do início ao fim, passando por diversas etapas de produção, todas elas com o olhar cinematográfico exigido por esse formato. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Fretefy – branded content produzido pela equipe Fauno Filmes, tem seu espaço em um plano de comunicação dinâmico.

  • Sétima arte

    O Oscar 2019. Nos últimos dias, diversos veículos da imprensa mundial tiveram suas atenções voltadas para Hollywood. Assim como em todos os anos, reportagens e hashtags sobre os indicados, ganhadores, repercussões do prêmio e o estado atual da academia foram publicados. Uma verdadeira celebração para os amantes do cinema, aqueles que tanto gostam da sétima arte. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ “Sétima arte”? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Mensurar, enquadrar e padronizar é uma característica intrínseca do ser-humano. De Darwin para cá, muitos estudos apontam que a nossa capacidade de síntese é um dos preponderantes para que a nossa raça tenha prevalecido sobre as demais. Organizar as coisas em padrões, transformando aquilo que é complexo em conhecimento palatável, se mostrou uma das formas mais eficazes de propagar a informação. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Talvez isto explique o porquê de termos tantas listas espalhadas pela internet. Só hoje, quantos “top5” ou “os 10 melhores alguma coisa” você já viu passando na sua timeline? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Listar ajuda em racionalizar, seja por atribuirmos a cada item um peso diferente baseado em sua importância ou cronologia. E é exatamente isso que ocorre toda vez que chamamos o cinema de “sétima arte”. Afinal de contas, deve existir outras seis anteriores, não? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Em 1912, cunhado pelo crítico Ricciotto Canudo no "Manifesto das Sete Artes", o termo sugere que o cinema representa a síntese de todas as formas precedentes de representação cultural. Para o teórico, um filme não deveria ser visto como mero conteúdo simplista voltado ao rápido consumo das massas, mas sim algo semelhante a outras manifestações associadas as “belas artes”, como a música, teatro, pintura, escultura, arquitetura e literatura. 📷 📷 Um dos primeiros cinemas do mundo, o Central Hall na Inglaterra (1909), oferecia entretenimento consideravelmente barato em relação a outras opções da época, como concertos e peças de teatro. Por este motivo, nos seus primeiros anos de existência, filmes eram considerados uma forma de arte inferior, julgados com pouca relevância artística e comercial. Ricciotto Canudo, ao cunhar o termo “sétima arte”, procurava acabar com esta imagem. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Na tentativa de melhorar a impressão que as pessoas tinham sobre o cinema, Canudo acabou sendo extremamente seletivo com as manifestações artísticas que julgava terem sido suas formadoras. Escolhendo somente entre aquelas que detinham maior prestígio dos críticos e entusiastas da época, outra problemática do termo diz respeito a simplicidade com que definiu o cinema. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Na tentativa de transformar aquilo que é complexo em conhecimento palatável, resumiu o audiovisual apenas a soma das outras seis formas de arte. Desta maneira, esvaziou sua força, não somente por não perceber suas características próprias, mas principalmente naquilo que toca às novas possibilidades temáticas e estéticas que se vislumbrava com o audiovisual. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Por este motivo, sua tentativa em demonstrar que o cinema foi feito a partir de um processo histórico baseado em linguagens já consolidadas, se mostrou não somente impreciso, mas também efêmero. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Para exemplificar esse raciocínio, cabe trazer um filme que elucida vários dos pontos acima dispostos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Na obra “Le Voyage dans la lune” de Georges Méliès, fica evidente alguns problemas referentes a conceituação de Canudo. Para começar, a película de 1902 não contava com cores e muito menos som. Desta maneira, a primeira e terceira arte da lista divulgada pelo crítico não se faziam presentes e, mesmo assim, o filme de Méliès é considerado um marco para a cinematografia mundial por todas as suas inovações estéticas e narrativas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Será então que para o cinema existir precisa realmente da soma de todas as seis partes? Talvez, a soma das partes não pode gerar algo novo? Ou então, será que não existem outras manifestações culturais que também possam fazer parte desta festa? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A resposta está no próprio “Le Voyage dans la lune”. Além de diretor, Georges Méliès também foi ilusionista e mágico. Por este motivo, muito de suas contribuições ao cinema vieram do ambiente circense, das trucagens que tanto enganavam e surpreendiam suas plateias. Na edição, fez da magia uma forma de criar situações inimagináveis para a época. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ E o mais incrível: Tudo isso em 1902, dez anos antes do termo “sétima arte” ser cunhado por Canudo. 📷 📷 Le voyage dans la Lune (1902) narra a jornada surrealista e fantásticas até a lua e é um dos filmes mais importantes e influentes do cinema de ficção científica / Lembrado como o “mágico do cinema”, Georges Méliès inovou ao criar e popularizar técnicas como o stop-motion, exposição múltiplas, câmera acelerada e dissolução de imagem. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Algo tão volátil como as artes, que tem suas linguagens misturadas a todo momento, se torna algo difícil de ser enquadrado em padrões capazes de virar uma única lista. A titulo de curiosidade, e por já ter caído no imaginário popular, relacionar o cinema ao termo “sétima arte” se tornou recorrente e – até certo ponto – charmoso. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Contudo, devemos sempre pensar que o audiovisual é muito mais do que o agrupamento das linguagens anteriores, afinal de contas, a soma das partes é maior do que o todo. Além disto, outras manifestações artísticas que já existiam na época, ou criadas posteriormente, também foram incorporadas pelo cinema ao longo de sua trajetória. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Acreditando nisso, nós da Fauno Filmes realizamos nossos projetos audiovisuais não somente pensando nas seis formas anteriores de arte para entregarmos a sétima, mas sim explorando todas as possibilidades que um vídeo pode oferecer. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Temos todo o cuidado em coordenar a música (trilha sonora), teatro (interpretação, movimento e narração), pintura (cor, luz e enquadramento), escultura (composição), arquitetura (locações e espaço) e literatura (roteiro). Mas, também sabemos que o audiovisual pode – e deve – extrapolar somente estas formas de arte pensadas por Ricciotto Canudo. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Em tempos de internet, sendo pensadas de maneira ordenada e tendo um propósito em comum, as linguagens se misturam e geram novos formatos em audiovisual. Sabendo disso, precisamos ficar sempre atento às mudanças e permanências que possam ajudar na elaboração de um projeto. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Por que ser a “sétima arte” se ele pode ser “todas as artes”?

  • Direção de fotografia

    Com a chegada do Oscar 2019, muitas pessoas correm até os cinemas para ficarem a par dos seus principais concorrentes. Melhor filme, melhor roteiro, melhor ator e atriz são chamarizes para quem gosta da sétima arte. Contudo, um dos principais prêmios da noite ainda desperta muitas dúvidas frente ao público, mesmo sendo elemento imprescindível na construção de toda a narrativa. Você sabe o que é direção de fotografia? Ou então, o que faz este profissional dentro do filme? Por definição, a palavra “fotografia” significa “desenhar pela luz”. De maneira simplista, é essencialmente toda técnica referente a criação de imagens por meio da exposição luminosa. Depois que o roteirista escreve incontáveis páginas, o produtor monta toda a equipe, o diretor assinala os caminhos da trama e os atores são escolhidos a dedo, cabe ao diretor de fotografia realizar o processo de construção e registro das imagens. Ou seja, “desenhar pela luz” todos os elementos que compõem o filme. É de sua responsabilidade levar a atmosfera imaginada na pré-produção por meio de ferramentas baseadas em iluminação, filtros, lentes, movimentos de câmera, exposição e enquadramento. Ele responde a seguinte indagação: Existe um conteúdo, uma temática a ser passada para o público através do filme. Mas, qual é a melhor forma de fazê-lo? Por este motivo, o diretor de fotografia, acima de tudo, também é um artista. Conhecendo o roteiro e conversando com o diretor, representa conceitualmente a estética da obra através de incontáveis técnicas criadas, adaptadas e replicadas que envolvem o ato do registro. Muitas vezes, o grande público passa batido conscientemente sobre tantas especificidades e nuances oriundas do trabalho executado por este profissional. Contudo, a soma de todas as suas responsabilidades gera o sentimento, aquela sensação buscada em cada cena para assim dar o tom do filme. Abaixo, seguem alguns exemplos que melhor ilustram as intencionalidades pretendidas quanto a iluminação em set. Este é apenas uma das preocupações que um diretor de fotografia deve ter, mas já servem para ilustrar o quão importante é sua função durante todo o processo. - Dureza e suavidade: Quando se fala em como uma cena deve transmitir emoções somente pela fotografia, um elemento que sempre aparece na equação de qualquer diretor é o quão dura ou leve deve ser a luz. Basicamente, tendo um objeto principal a ser evidenciado pela câmera – sendo na maioria das vezes os próprios atores – se estabelece uma relação entre a quantidade de luz emitida versus o tamanho deste objeto. Em outras palavras, consiste em mensurar o quão grande é a fonte de luz e o quanto ele afeta a criação de sombras, se o contraste entre o claro e escuro se dará de maneira incisiva ou branda. Assim, a fotografia parte em dar maior dureza ou suavidade para a cena, colaborando em estabelecer o lado emocional junto a atuação dos atores. 📷 📷 Luz dura cria sombras e ajuda a compor o entendimento emocional incerto que vive o protagonista no sci-fi “Blade Runner” (1982) / Luz branda do exterior soma com a leveza do momento em que se encontra a personagem do romance “Restless” (2011). ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ - Contraste e proporção: ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Uma forma de criar a iluminação de um filme é pensar em quais gêneros narrativos ele se enquadra. De um terror psicológico, passando por um drama de época, até chegar em uma comédia romântica, diferentes proporções entre luz e sombra podem ser utilizadas para gerar as intenções pretendidas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Seja medo, apreensão, felicidade, empatia, tristeza ou riso, balancear o contraste no rosto dos personagens é algo básico e que faz toda a diferença. Para ilustrar melhor, pense em qualquer ator. Agora, imagine que sua cara está iluminada de maneira uniforme, com muita pouca diferença entre o lado esquerdo e direito. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Aos poucos, vá escurecendo apenas uma das metades. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Continue até chegar ao ponto em que apenas um dos lados do seu rosto permanece visível. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Os diferentes pontos desta escalada - entre o contraste da luz versus sombra - são utilizados de maneiras específicas dentro de um filme. Neste exercício que você acabou de executar, quais proporções ficariam melhor para um thriller policial ou então uma comédia? 📷 📷 Com uma luz incisiva somente em um dos lados do rosto, o personagem do filme “Fight Club” (1999) tem toda a sua carga de mistério e dramaticidade ainda mais acentuada / Na comédia “Meet The Parents” (2000), o rosto dos personagens encontra-se com pouca ou nenhuma sombra, reforçando o clima leve e descontraído da obra. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ - Luz e narrativa: Em certos casos, a luz não somente auxilia em dar o tom da cena, mas funciona como imprescindível elemento que dá todo o sentido para as ações e falas dos personagens. Um tipo comum de iluminação que segue esta linha de raciocínio é a “motivacional”. Quantas vezes nos deparamos com dizeres populares ou alegorias em que caminhar na direção da luz é alcançar um estado pleno, atingir um conhecimento libertador sobre determinado assunto ou até mesmo chegar ao fim de uma jornada extenuante? A luz passa a ser a narrativa, eleva-se a um patamar inigualável para aquela cena em relação a qualquer outro elemento que possa compor a história. Vale destacar que a luz “motivacional” é apenas uma das várias formas em que a iluminação passa a ser elemento narrativo decisivo. As possibilidades são infinitas. 📷 O diretor de fotografia e ganhador de Oscar Roger Deakins é conhecido por utilizar em variadas cenas a luz com características motivacionais. No seu trabalho “The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford” (2007), o personagem sai da escuridão e caminha em direção a um grande foco de luz, além de carregar consigo uma lamparina. Tudo colabora em sinalizar a sua progressão, o momento que sai da dúvida em direção às respostas que tanto procura. Os exemplos não param por aqui. Na verdade, os filmes trazidos neste artigo servem apenas como um ilustrativo sobre as várias técnicas e práticas que um diretor de fotografia emprega nas suas obras audiovisuais. E isto falando apenas da iluminação. Imagine colocar na equação os filtros, lentes, movimentos de câmera, exposição, enquadramento e demais incumbências tão importantes na hora de “desenhar pela luz”. Não é à toa que esta função é uma das mais importantes durante a noite do Oscar. Aqui na Fauno Filmes, nossos vídeos – independente do formato, linguagem, propósito e duração – prezam por igual cuidado na hora de pensar sua fotografia. Toda a preocupação com a estética e luz se faz presente em nossos audiovisuais. Acreditamos que assim, somado a um roteiro, produção e direção bem alinhados, se sobressaia ainda mais as intencionalidades que se buscam. Você quer emocionar, entreter, informar ou se aproximar do seu público? Deixe a direção de fotografia te ajudar ainda mais a alcançar este objetivo. 📷 📷 Antes e depois do trabalho de iluminação realizado em um dos projetos da Fauno Filmes. As luzes do ambiente ajudam em compor a cena, mas só elas não dão conta em alcançar a intenção pretendida por de trás do vídeo.

  • O desafio de simplificar e agilizar no audiovisual

    O desafio de simplificar e agilizar no audiovisual ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A Agência Nacional do Cinema – ANCINE recebeu duas notificações do Tribunal de Contas da União (TCU) em junho passado, prevendo uma delas, a suspensão de todos os editais do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) de 2018, e seguintes. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O TCU entendeu e concordou com um plano de ação por parte da agência, que já está em andamento: ● Deslocamento de servidores a fim de agilizar os processos; ● Criação de processos permanentes e automatizados de prestação de contas; ● Concentração, na ANCINE, da prestação de contas dos recursos dos FSA. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O caminho exigirá grande esforço da ANCINE. No processo, também será preciso capacitar produtores, distribuidores, exibidores, programadores de TV, empresas de videogames e de tecnologia, para essa nova realidade. O Conselho Superior de Cinema e o mercado debatem, agora, um formato de contribuição das indústrias de vídeo sob demanda, que ajude a estimular a produção nacional.

  • Vídeos para sua Startup

    Uma estratégia de marketing matadora para seu negócio!⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Todo mundo que inicia um projeto novo almeja que seu negócio cresça e se fortaleça em um prazo relativamente curto. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Para que isso se torne possível, é necessário adotar estratégias de marketing diferenciadas. Porém, na maioria dos casos de Startups como modelo de negócio, requer alto investimento com publicitários terceirizados. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Uma ótima alternativa a estes altos custos, e que boa parte dos empreendedores atualmente vêm adotando como estratégia de comunicação, são os chamados “Vídeos para Startups” ou “Startups Vídeos”, que nada mais é do que um nicho de produção audiovisual em formato dinâmico, isto é, em que você escolhe como e o que quer transmitir, pensado diretamente na sua identidade. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Outras vantagens perceptíveis, ao aderir esse tipo de marketing, são que os vídeos podem trazer crescimento de até 600% nas vendas, já que 52% dos consumidores dizem que os vídeos auxiliam no momento da compra, sem falar que um vídeo bem feito confere autoridade instantânea em todos os meios, desde seu website até em reunião de negócios, alcançando, assim, diferentes plataformas (insta,...), sendo os vídeos para marketing de conteúdo uma das forma mais eficientes de aumentar o tráfego, transformar curiosos em contatos e depois convertê-los em negócio. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ #faunofilmes #publicidade #audiovisual #marketing #curitibabusiness

  • Dicas para que seus vídeos do Instagram tenham sucesso!

    De início, você deve saber aonde quer chegar colocando seus vídeos no Instagram, isto é, deve definir bem qual seu objetivo, pois isso é imprescindível para que suas peças visuais deem resultado. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Após definir seus objetivos, você já pode definir sua estratégia de marketing de vídeo. Para isso, você deve selecionar os tipos de vídeos que realmente funcionam e analisar que tipos de vídeos encaixam em sua estratégia. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Outro ponto importantíssimo é a aparência da sua marca, você deve tomar cuidado para que a mesma esteja alinhada à ideia que você quer transmitir. Para isso, você deve criar um guia de estilo, por exemplo, definir a estética da marca, a paleta de cores, o tema, a linha editorial, entre outros parâmetros importante que ajudem a criar a imagem de marca. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Ainda, você deve criar vídeos específicos para o Instagram, já que essa rede social possui o limite de 60 segundos para vídeos, demandando que você crie um conteúdo impressionante, visualmente atraente, nessa curta duração de tempo. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Você também pode aproveitar seus vídeos para fazer campanhas especiais, tirando vantagem de datas comemorativas, como natal, dia dos namorados, entre outras, ganhando visibilidade e aumentando o engajamento. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Também pode aproveitar #hashtags em seus vídeos, pois o Instagram permite até 30 hashtags por publicação e isso irá ajudar as pessoas a encontrar você, bem como você pode usar Instagram Stories, potencializando a sua estratégia, pois essa plataforma lhe ajudará a se conectar com seu público, permitindo, ainda, a análise de estatísticas sobre quem visualizou a sua história. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Por fim, meça o que o público mais gostou, analisando a interação e os comentários em seus vídeos, medindo os resultados de suas postagens para saber aonde deve melhorar. Não deixe de monitorar sua marca, pois isso lhe ajudará a melhorar a imagem da mesma. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ #instagram #faunofilmes #publicidade #audiovisual #marketing#curitibabusiness

  • Cuidados com direitos na produção de conteúdo

    Cuidados básicos que se deve ter na publicação de conteúdos na internet! Quando o assunto é marketing, o produtor de conteúdo tem a função de desenvolver artigos que serão publicados. Por isso, é sempre importante que ele esteja atento ao tema do Direito Autoral na internet e tome alguns cuidados básicos para que a legislação vigente não seja desrespeitada. A internet permite a distribuição de qualquer informação e toda informação produzida é protegida pela legislação brasileira. A Lei 9.610/98, que versa sobre os direitos autorais no Brasil, é bastante ampla na proteção aos autores e suas obras, dispondo que qualquer tipo de produção intelectual, publicada ou não, está protegida. Ou seja, você não pode pegar imagens, vídeos e áudios, bem como copiar textos inteiros, sem autorização do autor, pois todo criador é considerado dono de sua obra, do conteúdo desenvolvido, isso se chama propriedade intelectual e o roubo desta propriedade é considerado plágio. Foi o que ocorreu recentemente com a Netflix (https://bit.ly/2FxllxU), no lançamento de seu primeiro filme interativo, que disponibiliza 5 finais e quem escolhe é o espectador, fazendo com que o serviço de streaming fosse considerado plágio pela editora Chooseco, que alegou que a provedora de filmes está usando, sem autorização, sua marca patenteada “Escolha a sua Própria Aventura” para a divulgação de sua produção. A Netflix tentou a licença para produzir os filmes, mas o pedido foi negado e agora está sendo processada. Por isso, antes de qualquer compartilhamento de informações na internet, deve se atentar aos direitos de uso e distribuição, pois muita gente acredita que se o conteúdo está disponível, ele pode ser utilizado. Porém, não é bem assim. Na criação de conteúdos, somente utilize imagens, textos, vídeos ou áudios que sejam de autoria própria (que você tenha criado), que estejam em domínio público (em que mesmo você tendo que citar o autor, não corre o risco de ter sua publicação tirada do ar, pois o direito patrimonial expirou, sendo a obra de livre uso comercial), e que você é detentor para uso comercial (tendo firmado termo com o autor do material). Ainda, sempre que você utilizar conteúdo que não seja seu, dê créditos ao autor, colocando um link com o conteúdo original. Se encontrar material sem autoria, procure descobrir quem é o autor e, na dúvida, não publique. Certifique-se se o material está licenciado pelo Creative Commons (em alguma licença que permita uso comercial) ou peça permissão ao autor. Deste modo, você evita que seu material publicado seja tirado do ar, que você leve multa ou, até mesmo, cometa crime. #DireitosProducaoConteudo #FaunoFilmes

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